QUEM SOU

DRA.  LEONOR FRANÇA SOARES

FORMAÇÃO

Formada em Medicina pela Unesa em 2005
Residência em Ginecologia e Obstetrícia pela SMS RJ, 2006-2009
Especialização em Videohisteroscopia no Hospital Servidores do Estado, 2010

ATUAÇÃO
Maternidade Carmela Dutra
Maternidade Leila Diniz
Hospital da Mulher Mariska Ribeiro
Hospital Municipal Salgado Filho
Hospital Servidores do Estado

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Obstetrícia não era a minha primeira opção quando acabei a faculdade. Achava uma prática que demandava disponibilidade integral e contínua, além do término do plantão ou horário do consultório.

Minha atuação profissional se iniciou na Maternidade Carmela Dutra e Hospital Municipal Salgado Filho, campos da residência em ginecologia e obstetrícia. Durante a formação, ainda centrada num modelo hospitalocêntrico, tecnocrata e medicalizado, aprendíamos a prestar uma assistência com viés intervencionista.

Ainda no Carmela, tinha a atuação da enfermagem obstétrica, que acompanhavam as gestantes de baixo risco, utilizando práticas e tecnologias leves de relaxamento e apoio ao parto com poucas intervenções. Achava interessante e me despertava curiosidade, porém era algo “da enfermagem obstétrica”.

No Hospital Servidores do Estado, fiz especialização em videohisteroscopia, com a qual também atuo hoje em dia.

No ano de 2013, tomei posse como servidora pública na Maternidade Leila Diniz, uma maternidade de alto risco, com perfil de assistência inspirado no modelo da Maternidade de Pitwers (França), que tinha como princípio a assistência humanizada aos partos. Na Leila, também com atuação da enfermagem obstétrica, comecei uma relação mais próxima, observando como assistiam aos partos, usando banqueta, cavalinho, bola, aromaterapia, tecnologias leves, que favoreciam o parto normal e uma experiência positiva para as gestantes.

No processo de desconstrução, é importante se despir de pré-conceitos, e se abrir ao novo. Nesse sentido, o novo que via na Leila era motivante para repensar e estimular uma prática mais adequada da obstetrícia que aprendi. De modo que, atualmente, a assistência flui de forma compartilhada com a enfermagem obstétrica, beneficiando as mulheres.

No Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, iniciei minha atuação em 2017, e sigo até o presente momento. Entrei em um plantão que também tinha uma conduta centrada em evidências científicas, favorecendo um parto adequado. Além de ser uma maternidade com atuação da enfermagem obstétrica também, ponto que de acordo com as evidências científicas, qualifica a assistência ao parto, reduz cesarianas e melhora a satisfação das mulheres.

Além da atuação nas maternidades do SUS, atendo ginecologia e obstetrícia no consultório, prestando assistência ao parto normal (compartilhado com equipe de Enfermeiras Obstetras) e cesariana adequada, pré-natal de baixo risco e alto risco, cirurgias ginecológicas, colocação de DIU e implante hormonal.

O processo de construção e desconstrução profissional, principalmente na obstetrícia é algo dinâmico e constante, pois a cada dia novas evidências científicas modificam práticas que anteriormente eram consideradas necessárias, transformando-as em proscritas e desatualizadas. Entretanto, não basta apenas ter a ciência apontando novos rumos, é preciso ter vontade e coragem de se desconstruir e se reconstruir novamente, e dessa forma, a cada dia qualificar a assistência.